?Equador? - A discursividade h?brida de Miguel Sousa Tavares
Abstract
No presente artigo analisa-se o uso de certas palavras como meios de batalha simb?lica no romance hist?rico Equador do escritor portugu?s Miguel Sousa Tavares. Nas batalhas simb?licas descritas quebra-se obviamente a suposta unidade entre signo e significado no sistema lingu?stico e exp?e-se a hibridez da linguagem. Dirige-se a aten??o ? ambival?ncia do ?acto de enuncia??o?, no qual os signos dum dep?sito comum duma l?ngua s?o activados para expressarem as ideias subjectivas de quem fala. Nesse acto influi a posi??o do falante ? o seu lugar, as suas experi?ncias e expectativas. Al?m disso, o uso da l?ngua ? menos exposto como reflexo fiel das coisas ou ideias que se pretende s? representar, e mais na sua capacidade de enevo?-las ou at? substitui-las. Assim, na complexa situa??o hist?rica dos in?cios do s?culo XX, pano de fundo do romance, na qual Portugal estava num momento dif?cil dos pontos de vista interno e externo, n?o se encontra na l?ngua um f?cil meio de unidade e univocidade para uma identidade comum da na??o ou do imp?rio.Downloads
Published
2006-01-01